quinta-feira, 25 de abril de 2024
Vai abrir próprio negócio? Saiba o que NÃO fazer

Vai abrir próprio negócio? Saiba o que NÃO fazer

  Abrir o próprio negócio é o sonho de muitos e também alternativa ao mercado de trabalho. Mas é algo que exige muito planejamento, pesquisas e noções básicas de gestão. Tanto importante como saber o que fazer, é também saber o que NÃO fazer. Evitar erros já quando começa a sonhar com a sua empresa […]

28 de janeiro de 2020

 

Abrir o próprio negócio é o sonho de muitos e também alternativa ao mercado de trabalho. Mas é algo que exige muito planejamento, pesquisas e noções básicas de gestão. Tanto importante como saber o que fazer, é também saber o que NÃO fazer. Evitar erros já quando começa a sonhar com a sua empresa aberta.

Muitos cursos de administração podem ser realizados, gratuitamente, no portal do Sebrae-GO de forma rápida. São suficientes para iniciar qualquer empreendimento. Entretanto, muitos empreendedores ou potenciais empreendedores cometem erros que, cedo ou tarde, vão impactar negativamente nos seus negócios. O EMPREENDER EM GOIÁS apresenta os principais erros que devem ser evitados. Confira:

NÃO TER UM PLANO DE NEGÓCIOS

Deixar de fazer um planejamento estratégico da empresa é o primeiro grande erro do empreendedor. Isso porque não saber o futuro do seu negócio afeta todas as áreas da empresa. O empreendedor abre e vende, mas não tem certeza de se está bem ou não. O plano de negócios não serve apenas para o começo da empresa, deve ser continuamente revisto.

NÃO ESTUDAR O MERCADO

Na hora de acompanhar o setor em que seu negócio está inserido, olhe para três pontos principais: o cliente, a concorrência e os fornecedores/parceiros. É um erro não conhecer qual o seu cliente, mesmo porque o comportamento dele muda muito rápido. Uma outra falha é não analisar o concorrente: saiba o que ele está fazendo de novo e quanto isso agrega para ele. Por fim, estreite o relacionamento com os fornecedores. Muitas vezes, o pequeno empresário fica na mão do fornecedor, mas essa deve ser uma troca. Não fique apenas com um fornecedor: tenha uns dois, três ou mais.

NÃO TER OS PÉS NO CHÃO

O entusiasmo exagerado pode fazer com que o empreendedor tenha expectativas irreais sobre o negócio, sem estudá-lo com atenção. Ele superestima a demanda e encurta o tempo da curva de aprendizagem e da sua inserção no mercado. Como isso pode ser muito mais lento, porque há variáveis que ele não domina e ainda há melhorias a fazer no produto, esse empreendedor pode morrer na praia por não haver dinheiro para sustentar um fluxo de caixa menor. O contrário também acontece: alguns empreendedores subestimam o potencial da empresa. A solução? Testar a ideia de verdade, perguntando para potenciais clientes do seu negócio se eles comprariam o produto ou serviço oferecido. E, se há mais pessoas envolvidas no processo, amplie a etapa de questionamento. Quando você tem diferentes grupos de interesse, como investidores e clientes, você tem de testar em todas as pontas.

NÃO TER CAPITAL DE GIRO

Deixar de se importar com o capital de giro é não pensar nas despesas fixas que seu negócio terá, como o aluguel de todos os meses. Essa falta de preocupação fica evidente quando o empreendedor acha que está vendendo muito, mas todos os pagamentos serão a prazo, por exemplo. A quantidade de dinheiro necessária para formar o capital de giro varia de acordo com o negócio e com a forma de comercialização dos produtos ou serviços.

NÃO SEPARAR A CONTABILIDADE

Qual é o salário do dono do negócio? Se você acha que o pagamento é definido de acordo com o tamanho das suas despesas pessoais, está fazendo o que se chama de “sangrar a empresa”, ou seja, cortando os ganhos do negócio na carne e tirando mais do que deveria. É um crime contra a empresa. A falha acontece porque alguns empreendedores não conseguem perceber que são dois personagens distintos: uma pessoa física e outra jurídica. É preciso ter disciplina com o dinheiro da empresa. Se a empresa teve lucro, é hora de repartir entre o que será reinvestido e o que será guardado para emergências. Nada de enviar direto para a carteira.

NÃO ESTABELECER O PRÓ-LABORE

Assim como um capitão de cruzeiro não se lança ao mar sem um mapa de navegação, os sócios não devem se lançar numa empreitada sem estabelecer alguns acordos antes. Defina um valor fixo de pró-labore para cada um dos sócios, inclusive para você. Esse valor pode ser igual para todos ou proporcional ao capital que cada um aplicou na abertura da empresa. Monitorar essa remuneração evita distorções na companhia e brigas entre os sócios.

NÃO FORMAR UMA BOA EQUIPE

Na hora de formar um time para sua empresa, procure pessoas que gostem de pessoas. Selecionar bem os colaboradores e não ter medo de demitir um funcionário que não adere ao ideal da empresa. Depois de ter uma equipe formada, é a hora de investir em treinamentos e condições favoráveis de trabalho.

NÃO CALCULAR CUSTOS, PREÇOS E LUCRO

Calcular o preço dos produtos não é tarefa fácil. Existem vários fatores externos e internos que contribuem para a formação do preço. Conhecer os fatores externos leva algum tempo, contudo os fatores internos estão ao seu alcance. Não saber os custos relacionados ao produto, como o valor de produção ou aquisição, impostos, valor de armazenagem e valor de transporte, é dar vantagem ao concorrente. Preços errados são como furos no casco do navio. Ou você evita, ou tapa rapidamente. É preciso olhar para os pontos que são críticos a todo negócio. O primeiro deles parece óbvio, mas precisa de atenção: o lucro. Precisa calcular muito bem o custo, saber o que está pagando de impostos e também averiguar se a margem de lucro vale a pena: ou seja, se ela paga o risco que o empreendedor tem. Ter informações sobre seus produtos, sobre o atendimento e sobre seus consumidores é essencial para elaborar estratégias empresariais. É importante ter a área de processos bem desenhada. Em uma empresa que tem processos bons, os funcionários vão trabalhando e os sistemas apoiam. E, quando o sistema é ruim, ninguém consegue trabalhar direito.

NÃO CUIDAR DA IMAGEM

Há empreendedores que divulgam a empresa de forma errada: enquanto alguns supervalorizam seus serviços e não cumprem o que prometem, outros não mostram o grande potencial que o negócio tem, com medo de gerar uma expectativa grande nos clientes ou investidores. Na hora de fazer a divulgação da sua empresa, aprenda a dosar. Essa dose nós tiramos do plano de marketing, ou seja, de estratégias de divulgação adequadas ao público.

NÃO EVITAR A ANSIEDADE

Seja por uma falta de preparação ou por um desequilíbrio emocional, muitos empreendedores sofrem de insegurança. Isso prejudica a tomada de decisões no negócio e afeta os funcionários, que podem até pensar em pedir as contas diante da instabilidade. Mas como evitar a ansiedade? Tenha informações e não queira abraçar o mundo. Quanto mais informação o empreendedor tiver em relação à sua empresa e ao mercado, mais seguro ele ficará. Ele também deve entender seu perfil; se ele não é bom em algo, deve contratar um especialista que viabilize a tarefa. O empreendedor muitas vezes quer ser bom em tudo, e isso não é possível. Aí, ele entra em desespero.

NÃO POSSUIR GERENCIAMENTO

Colocamos esse erro no topo da lista por um simples motivo: o sistema de gerenciamento norteia a empresa. Para seguir com segurança, é preciso conhecer cada detalhe das operações e processos que envolvem o seu negócio. Controle do fluxo de caixa, volume de produtos em estoque, o custo que o estoque representa para a empresa, quanto os sócios estão recebendo, dentre muitas outras coisas. Cada informação dessa é estratégica para seu negócio. Conhecer esses dados aumenta consideravelmente a percepção de erros e oportunidades, ajudando a corrigir o rumo que empresa está tomando. Por isso, mantenha um sistema de gerenciamento que reúna todas as informações e facilite a administração da sua PME.

NÃO REGISTRAR TODAS AS OPERAÇÕES

Não registrar as operações da sua empresa é como relaxar na proa do navio enquanto litros e litros de água entram por um furo enorme no casco. O registro de operações ajuda a manter o controle sobre a companhia. Somente assim será possível saber se o departamento de compras precisa adquirir mais unidades de determinado produto, o quanto de dinheiro entrou no caixa, o quanto saiu para pagar contas, quantos clientes foram atendidos, qual foi o volume de operações em determinado dia, mês ou ano e etc. O sistema de gerenciamento só vai ser útil se for alimentado com dados atualizados. E, para isso, é preciso registrar todas as operações.

NÃO CONHECER O ESTOQUE

Conhecer o seu estoque é importante por dois motivos. Em primeiro lugar, para você não vender ao cliente algo que não possui. Em segundo lugar, mas não menos importante, para você não desperdiçar dinheiro com armazenamento desnecessário. Há vários tipos de produtos que possuem data de validade. Se você tem dezenas de itens no seu estoque que se aproximam do vencimento, chegou a hora de fazer uma grande promoção. Caso contrário, você corre o risco de pagar armazenamento para produtos estragados. Outro caso comum é o de excesso de produtos iguais. Talvez você esteja desperdiçando armazenagem com um volume grande de itens que possuem pouca saída. O estoque representa um dos principais custos de uma empresa e tem relação direta com o preço do produto na prateleira. Otimizar o estoque é dar competitividade a sua empresa.

NÃO FAZER O FLUXO DE CAIXA

Quanto você recebeu de dinheiro no seu caixa hoje? Esse dinheiro veio das vendas ou foi um aporte de investimentos? E quanto saiu? O valor que saiu, foi para pagamento de contas, para devoluções a clientes insatisfeitos ou para remuneração dos sócios? Se você não consegue responder a estas perguntas, está na hora de controlar melhor o seu fluxo de caixa. Além de oferecer um controle detalhado sobre a movimentação do capital da empresa, o fluxo de caixa pode lhe indicar dados estratégicos, como, por exemplo, identificar um fornecedor que recebe regularmente um volume grande de dinheiro da sua empresa. É possível que, para manter o relacionamento com um bom cliente, o fornecedor pode conceder descontos.

NÃO FAZER DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS

Só é possível saber se o navio está navegando para o lugar certo monitorando o mapa constantemente. O demonstrativo de resultados oferece os dados necessários para realizar esse monitoramento. Um bom demonstrativo consegue fornecer aos sócios um diagnóstico completo dos processos da companhia, incluindo os custos e as receitas. Além de indicar se a empresa é lucrativa, o demonstrativo te ajuda a entender o por quê. Sem uma análise correta do planejamento financeiro fica difícil prosperar. Ter um sistema de gestão financeira é essencial para garantir os lucros!

NÃO SE CAPACITAR

Um empreendimento, por menor que seja, é um organismo complexo, com muitas frentes de trabalho: finanças, estoque, produção, divulgação, atendimento ao cliente, entre outras atividades. Todas elas têm sua importância para o bom funcionamento da empresa e por isso mesmo pede-se aos donos de negócio dedicação e aprimoramento constante.

O portal EMPREENDER EM GOIÁS tem como principal objetivo incentivar, apoiar e divulgar os empreendedores goianos com conteúdos, análises, pesquisas, serviços e oportunidades de negócios.

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