sexta-feira, 19 de abril de 2024
Rio Verde terá núcleo do Sebrae para pequenos produtores

Rio Verde terá núcleo do Sebrae para pequenos produtores

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) lançará em Goiás, até maio, o Núcleo de Referência em Tecnologia e Gestão para o Agronegócio, com foco nas pequenos e micro produtores rurais. A sede do núcleo será em Rio Verde, na Região Sudoeste, principal produtora de grãos e proteína animal do Estado. […]

22 de janeiro de 2020

Carlos Melles: “O Núcleo desenvolverá soluções para inclusão tecnológica dos micro e pequenos e proprietários rurais”

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) lançará em Goiás, até maio, o Núcleo de Referência em Tecnologia e Gestão para o Agronegócio, com foco nas pequenos e micro produtores rurais. A sede do núcleo será em Rio Verde, na Região Sudoeste, principal produtora de grãos e proteína animal do Estado.

O anúncio foi feito pelo presidente nacional da entidade, Carlos Melles, nesta terça-feira (21/01), em Goiânia. O núcleo desenvolverá soluções para inclusão tecnológica dos micro e pequenos e proprietários rurais. O Brasil possui hoje, segundo o dirigente do Sebrae, 4,8 milhões de propriedades rurais. Dessas, apenas 850 mil têm gestão e sistemas produtivos sustentáveis. “As demais precisam se viabilizar”, diz o diretor-técnico Bruno Quick.

O Núcleo de Referência em Tecnologia e Gestão para o Agronegócio reunirá o setor público, iniciativa privada e universidades, além do Sebrae. Conforme Carlos Melles, os acertos estão sendo finalizados com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, para confirmar a data de funcionamento. O governo federal também é parceiro na iniciativa. “O objetivo é levar novas tecnologias e melhorar a gestão desses negócios”, diz o presidente nacional do Sebrae, que justifica a escolha do Estado pela vocação econômica e a centralidade geográfica.

Segundo o diretor-superintendente do Sebrae Goiás, Derly Cunha, a estruturação do Núcleo depende de pouco investimento. Ele explica que a função dele será reunir soluções que já estão sendo utilizadas em todo o País e, por meio de multiplicadores, disseminá-las em outras regiões. “Muita coisa está pronta. O Núcleo ensina coisas simples, como rotatividade da lavoura, por exemplo. Com aumento da produtividade, eles precisam de mais gente para trabalhar”, diz. Por isso, o foco em pequenos produtores e na agricultura familiar.

Além do Núcleo, o Sebrae prepara outras ações para Goiás para 2020. Uma delas é a realização do Startup Summit. A proposta é fortalecer um calendário de eventos que envolvam o ecossistema da inovação, como a Campus Party (que teve sua primeira edição em Goiânia em 2019) e outros, reunindo no mesmo ambiente desenvolvedores, empreendedores, empresas anjo, investidores, poder público e universidades.

Conforme Carlos Melles, esse modelo de desenvolvimento tem impulsionado a economia da capital de Santa Catarina. “O Produto Interno Bruto(PIB) da inovação de Florianópolis já é maior que o do turismo, que é muito forte”, diz. O presidente do Sebrae diz que a taxa de desemprego no município catarinense é de 5% a 6%, enquanto no Brasil está na casa dos 12%. “A chave é a inovação”, acredita.

Micro Empreendedor Individual
A presença de Carlos Melles em Goiânia faz parte de uma série de visitas a todos os Estados brasileiros. O presidente do Sebrae nacional acredita que o ambiente de negócios do Brasil está melhorando. Um dos exemplos, cita, foi a aprovação da Lei da Liberdade Econômica.
Outro é a expansão da formalização de negócios. “Hoje temos 6,5 milhões de micro e pequenas empresas e 9 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI)”, cita.
Melles considera o MEI o “emprego do futuro” que, segundo ele, dá liberdade ao trabalhador para definir onde é mais vantajoso trabalhar e na escolha do horário de serviço. Para o ele, o desafio tem sido incluir o trabalhador rural no MEI, que está bem aceito nas zonas urbanas.
Outra ferramenta de fomento da economia, diz, foi a criação da Empresa Simples de Crédito (ESC), em que pequenos investidores podem oferecer crédito para microempreendedores individuais. As ESCs podem ter capital próprio de até R$ 15 milhões, sem poder fazer capitação de novos recursos, e lucro anual de R$ 4,8 milhões. As taxas de juros são negociadas diretamente com o tomador de crédito, em um negócio menos burocrático que as linhas convencionais.

Atualmente, há 548 Empresas Simples de Crédito no Brasil, 27 delas em Goiás. Na avaliação de Carlos Melles, este é um segmento que vai crescer muito nos próximos anos. Além disso, o Sebrae trabalha para facilitar o acesso a empréstimos por parte dos pequenos empresários. “O Sebrae hoje já atua como uma espécie de ‘avalista’ junto a instituições como o Banco do Brasil e a Caixa”, conta. Ele, porém, acredita que essa modalidade pode crescer.

Para os próximos dez anos, o Sebrae aposta em um aumento significativo da participação das micro e pequenas empresas no Produto Interno Brasileiro (PIB). Hoje, segundo Carlos Melles, essa fatia é de 27,5%. A projeção é de que ela chegue a 40% até 2030. “Os pequenos empresários geram cerca de 98% dos empregos no Brasil, média semelhante à de países desenvolvidos, como Estados Unidos e França. Mas a participação no PIB, nesses países, já é de cerca de 50%”, afirma.

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