sábado, 20 de abril de 2024
2020: previsões para PIB, juros, inflação, dólar e emprego

2020: previsões para PIB, juros, inflação, dólar e emprego

Prevalece o otimismo na maioria das previsões para a economia brasileira em 2020. O crescimento é dado como certo, muito provavelmente acima de 2%, por conta das condições favoráveis como inflação e juros baixos, dólar estável e continuidade na aprovação de reforma importantes pelo Congresso Nacional, como a tributária. Este conjunto de fatores deve aumentar […]

30 de dezembro de 2019

Prevalece o otimismo na maioria das previsões para a economia brasileira em 2020. O crescimento é dado como certo, muito provavelmente acima de 2%, por conta das condições favoráveis como inflação e juros baixos, dólar estável e continuidade na aprovação de reforma importantes pelo Congresso Nacional, como a tributária. Este conjunto de fatores deve aumentar o volume de investimentos no setor privado o consumo das famílias.

Apesar do cenário otimista, permanece ainda uma certa cautela nas previsões para 2020. Motivos: continuidade de instabilidades na política nacional e na taxa de desemprego elevada, o que manterá os consumidores ainda retraídos. Este é um resumo que o EMPREENDER EM GOIÁS faz das previsões dos principais institutos de pesquisas econômicas do País (Ipea, Banco Central, Itaú e CNI).

PIB: CRESCIMENTO DE 2,2% A 2,5%

O crescimento da economia brasileira no final de 2019 é um dos principais fatores para maior otimismo para 2020. O consumo das famílias e o volume de investimentos superaram as expectativas. Para o próximo ano as projeções indicam que o PIB brasileiro vai crescer entre 2,2% e 2,5%, praticamente o dobro do crescimento em 2019. Confirmada esta previsão, será a maior taxa de expansão da economia brasileira desde 2014, quando o País mergulhou numa grave recessão, e a terceira maior dos últimos dez anos.

Na década passada, entre os anos 2000 e 2009, a economia brasileira cresceu a uma taxa média anual de 3,3%. Foi um período de forte expansão na produção e no consumo. Nesta década, que se encerra em 2019, o crescimento médio do PIB foi de 1,2%, mas influenciado principalmente pelas fortes expansões em 2010, 2011 e 2013. Se considerarmos apenas a segunda metade desta década, a economia brasileira teve desempenho negativo a uma taxa média de 0,6% ao ano. A partir de 2017 voltou a crescer, mas em ritmo ainda bastante lento, pouco mais de 1% ao ano.

INFLAÇÃO E JUROS BAIXOS

A inflação deve ficar abaixo de 4% em 2020. Segundo as projeções, o IPCA deve ficar no próximo ano entre 3,5% e 3,8%. Isto é ainda reflexo, entre outros fatores, da existência de produção e recursos ociosos na economia brasileira, o que pode permitir maior crescimento do PIB sem pressões inflacionárias. Este cenário favorece a manutenção da taxa básica dos juros, do Banco Central, em nível baixíssimo no próximo ano. Hoje está em 4,5% ao ano, o menor patamar das últimas duas décadas, e pode sofrer ainda uma pequena redução em 2020, fechando na taxa de 4,25% ao ano.

A expectativa é que no próximo ano os juros tenham maior redução nas taxas cobradas pelos bancos e nas linhas de crédito para empresas e consumidores. A combinação de inflação e juros baixos favorece o aumento dos investimentos e gastos, tanto de empresas como de pessoas físicas. Portanto, as previsões apostam no aumento de financiamentos para aquisições de imóveis e de veículos (novos e usados), por exemplo. Que, por sua vez, devem aumentar os investimentos das empresas nos setores da construção civil e veículos.

DÓLAR ESTÁVEL NA CASA DOS R$ 4,00

A cotação do dólar, que sofreu alta neste ano, deve oscilar menos em 2020. Principalmente por conta de menor instabilidade vindo do exterior, em que melhoraram as previsões para as economias dos Estados Unidos e de maior parte da Europa e da Ásia, afastando a possibilidade de recessão e aumento de juros no mercado internacional. A tendência é de menor tensão na relação comercial entre os EUA e a China. O cenário externo pode ser classificado como neutro e o interno estará na transição de positivo para muito positivo. Apesar disto, a cotação do dólar deve ficar na casa dos R$ 4,00 em maior parte do próximo ano, mas raramente superando os R$ 4,10.

DESEMPREGO CAIRÁ, MAS AINDA SERÁ ELEVADO

Este otimismo moderado para a economia brasileira em 2020 vai também refletir positivamente no mercado de trabalho, mas ainda muito aquém do necessário e desejado. A taxa de desemprego deve continuar caindo no próximo ano, mas permanecerá acima dos 11%, o que representará ainda mais de 12 milhões de desempregados no Brasil. A renda média dos trabalhadores (e, portanto, dos consumidores) deve também crescer muito pouco no próximo ano.

O maior crescimento econômico em 2020 tende a ocorrer por meio da ocupação da capacidade ociosa nas empresas e no mercado de trabalho. Ou seja: o desemprego no País deve cair no próximo ano em até 1 ponto porcentual, para entre 10,5% e 11%, mas ainda assim continuará alto porque a maior expansão econômica não será suficiente para abrir novas vagas no mercado de trabalho para suprir a demanda atual por empregos e a que será formada também em 2020 pelos jovens que estarão ingressando no mercado. Isto também impedirá maior crescimento da renda dos trabalhadores, principalmente dos que ganham até cinco salários mínimos por mês.

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