quinta-feira, 18 de abril de 2024
Aumenta a confiança dos empresários no Brasil

Aumenta a confiança dos empresários no Brasil

Os índices que medem a confiança dos empresários nos setores de comércio (Icom) e de serviços (ICS) tiveram alta no mês de dezembro, divulgou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). No comércio, a confiança subiu de 97,8 pontos para 98,1 pontos e, nos serviços, a alta foi de 95 pontos para […]

27 de dezembro de 2019

Os índices que medem a confiança dos empresários nos setores de comércio (Icom) e de serviços (ICS) tiveram alta no mês de dezembro, divulgou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). No comércio, a confiança subiu de 97,8 pontos para 98,1 pontos e, nos serviços, a alta foi de 95 pontos para 96,1 pontos.

Na escala dos índices de confiança, o patamar dos 100 pontos é considerado neutro, e resultados abaixo desse valor indicam pessimismo, enquanto valores acima apontam uma avaliação otimista por parte dos empresários. Segundo o economista Rodolpho Tobler, que coordenou a sondagem do comércio e também participou da dos serviços, resultados entre 90 e 100 pontos indicam que a confiança está moderadamente baixa, e valores entre 100 e 110, que ela está moderadamente alta.

No caso do Icom, Tobler avaliou que a confiança no setor encerrou 2019 com uma acomodação próxima ao patamar dos 100 pontos, a partir do qual o cenário passa a ser considerado positivo. Na visão do pesquisador, os empresários estão cautelosos com a sustentabilidade da recuperação do setor, “que vai depender de uma melhora mais expressiva da confiança dos consumidores e do mercado de trabalho”.

O Índice de Situação Atual, em que os empresários do comércio avaliam o presente, teve uma alta de 0,9 ponto, chegando a 95,8 pontos, o maior patamar do ano de 2019. Por outro lado, o Índice de Expectativas do Comércio teve queda de 0,4 ponto, a terceira seguida. Apesar disso, o índice continua acima dos 100 pontos, em 100,5 pontos.

Na avaliação sobre o setor de serviços, Tobler aponta que o ano de 2019 foi encerrado com trajetória de confiança ascendente. “A alta em dezembro foi influenciada principalmente pela melhora da percepção dos empresários sobre a situação atual, sugerindo que o volume de serviços deve ter um resultado favorável no último trimestre do ano e com empresários mais otimistas com a continuidade da recuperação gradual do setor nos primeiros meses de 2020”, disse.

A situação atual do setor de serviços é avaliada com 93,6 pontos, o maior valor desde junho de 2014. Em dezembro, houve alta de 1,8 ponto nessa percepção e, se somado todo o ano de 2019, o indicador subiu 5,1 pontos desde janeiro. O índice que mede as expectativas dos empresários de serviços teve um desempenho mais fraco, com alta de 0,4 ponto em dezembro. Apesar de ter chegado a 98,8 pontos no fim deste ano, o índice caiu 2,1 pontos em relação a 2018. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços teve um resultado negativo em dezembro, recuando 0,1 ponto percentual, para 81,6%.

Indústria
A confiança da indústria avançou 3,2 pontos em dezembro e atingiu a marca de 99,5 pontos ante os 96,3 do mês anterior, na série com ajuste sazonal, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o indicador acumula alta de 3,9 pontos no quarto trimestre do ano. Todos os componentes do índice mostraram melhora na margem.

O Índice de Situação Atual (ISA) subiu quatro pontos, de 95,8 pontos para 99,8, o maior valor desde maio de 2018 (100,2). Já o Índice de Expectativas (IE) aumentou 2,4 pontos, para 99,2, a segunda alta consecutiva. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) recuou 0,2 ponto porcentual, para 75,1%. Apesar de se tratar da segunda queda consecutiva na margem, o Nuci encerra 2019 0,8 ponto porcentual acima do nível de janeiro deste ano, de 74,3%.

“A indústria fecha o ano com boas notícias. A alta da confiança em dezembro é reflexo principalmente da melhora na percepção dos empresários a sobre os negócios e do aumento do otimismo em relação aos próximos meses. Para 2020, a continuidade da evolução favorável da confiança dependerá tanto de uma efetiva recuperação da demanda interna quanto da redução dos níveis de incerteza”, diz, em nota, a economista da FGV Renata de Mello Franco.

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