sexta-feira, 19 de abril de 2024
Investimentos superam R$ 2 bilhões na Grande Goiânia

Investimentos superam R$ 2 bilhões na Grande Goiânia

O mercado imobiliário de Goiânia e Aparecida de Goiânia investiu neste ano R$ 2,1 bilhões em lançamentos até setembro. O valor ultrapassou todo o volume aplicado no ano passado (R$ 2 bilhões) e é o maior dos últimos cinco anos, reflexo de um momento mais favorável para negócios, especialmente por causa das taxas de juros […]

20 de novembro de 2019

Fernando Razuk, Roberto Elias e Marcelo Gonçalves: foram lançados 4.779 apartamentos em Goiânia e Aparecida

O mercado imobiliário de Goiânia e Aparecida de Goiânia investiu neste ano R$ 2,1 bilhões em lançamentos até setembro. O valor ultrapassou todo o volume aplicado no ano passado (R$ 2 bilhões) e é o maior dos últimos cinco anos, reflexo de um momento mais favorável para negócios, especialmente por causa das taxas de juros menores. Os dados foram divulgados pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO).

Em número de unidades, os três primeiros trimestres de 2019 superaram a quantidade de 2018 . De janeiro até setembro, segundo o levantamento realizado pela Consultoria Brain, que faz pesquisas periódicas para a Ademi-GO, foram lançados 4.779 apartamentos na capital e em Aparecida. No ano passado inteiro, foram 2.079. A alta é de 130%.

Ainda segundo a pesquisa, de janeiro a setembro, foram vendidos 4.928 apartamentos nos dois municípios. No mesmo período de 2018, foram 4.511 – aumento de aproximadamente 10%. O total é reflexo da média mensal de vendas: de 501 para 549. Em valores, as vendas do ano atingiram R$ 618 milhões, 31% a mais que os R$ 470,8 milhões do mesmo período do ano passado. Essa é a boa notícia, pois não adianta fazer lançamentos se não houver vendas. A crise acabou”, disse o presidente da Ademi-GO, Roberto Elias.

O mês de setembro, especificamente, registrou um desempenho significativo para o mercado imobiliário. Em 2019, nesse mês, foram vendidas 488 unidades – 20% a mais que no mesmo mês do ano passado. “Isso demonstra que o crescimento é constante, que vem desde o último trimestre de 2018. Não é um crescimento abrupto”, explicou o sócio consultor da Brain Marcelo Luís Gonçalves.
Os dados divulgados revelam outros pontos positivos para o setor. Depois de um período de grave crise, o número de distratos recuou 32%: de 1.598 para 1.079. A queda é atribuída pela nova legislação de rompimento de acordos, segundo Gonçalves.

De acordo com a Brain, houve uma diversificação no padrão das unidades vendidas. No terceiro trimestre, foram comercializadas 455 unidades tipo econômica (até R$ 190 mil), 401 standards (acima de R$ 190 mil até R$ 400 mil), 256 do tipo médio (acima de R$ 400 mil até R$ 700 mil), 85 alto (acima de R$ 700 mil até R$ 1 milhão), 101 luxo (acima de R$ 1 milhão até R$ 2 milhões) e 5 super luxo (acima de R$ 2 milhões).

Os bairros que mais concentraram lançamentos foram o Parque João Braz (448), Setor Bueno (290), Serrinha (168) e Setor Leste Universitário (144). O preço médio do metro quadrado até setembro era de R$ 5.188,00. Os bairros com maior valor do metro quadrado são a Nova Suíça (R$ 6.555,00), Jardim Goiás (R$ 6.327,00), Setor Marista (R$ 6.309,00), Setor Oeste (R$ 6.226,00) e Setor Bueno (R$ 6.124,00).

Ambiente favorável
Para o presidente da Ademi-GO, a conjuntura econômica favorece os negócios imobiliários. Ele cita a aprovação da reforma da Previdência e a melhoria, ainda que tímida, dos indicadores de emprego, mas, especialmente, a queda da taxa de juros e a nova modalidade de financiamento atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). “A crise acabou”, afirmou.

Vice-presidente da entidade, Fernando Razuk diz que o aumento da demanda ainda não pressionou os preços, pois há equilíbrio entre vendas e lançamentos. “Está muito fácil para os clientes financiarem a compra de seu apartamento. O crédito está abundante e os juros estão no menor patamar da história do mercado imobiliário brasileiro”, disse.

Razuk citou como exemplo um financiamento cujas parcelas eram de R$ 3,2 mil no início do ano, o que exigia uma renda de R$ 10 mil do comprador. Hoje, com os juros mais baixos, o mesmo imóvel pode ser adquirido com parcelas de R$ 1,8 mil, o que baixa a renda exigida para R$ 6 mil. “Há muito mais gente com a faixa de renda em R$ 6 mil que em R$ 10 mil. Os juros tendem a baixar ainda mais, o que diminui a parcela e facilita a compra”, afirmou.

Para o consultor da Brain, Marcelo Luís Gonçalves, os bancos também estão mais dispostos a liberar os financiamentos. “O mercado trabalha com projeção de juros básicos de 6% em 2025. Com essa segurança, as instituições concedem mais crédito”.

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