quinta-feira, 25 de abril de 2024
Setor de serviços cresce em Goiás e encolhe no Brasil

Setor de serviços cresce em Goiás e encolhe no Brasil

O número de empresas no setor de serviços não financeiros cresceu 6% em Goiás em 2017, diferentemente da média nacional, em que houve um encolhimento do setor (leia mais abaixo). Existem 42.315 empresas em atividade no Estado, com receita bruta anual de R$ 36,5 bilhões, um aumento de 6,2% em relação a 2016, o que […]

30 de agosto de 2019

Empresas de transportes, armazenamento e Correios têm a maior receita bruta em Goiás: R$ 12,1 bilhões em 2017

O número de empresas no setor de serviços não financeiros cresceu 6% em Goiás em 2017, diferentemente da média nacional, em que houve um encolhimento do setor (leia mais abaixo). Existem 42.315 empresas em atividade no Estado, com receita bruta anual de R$ 36,5 bilhões, um aumento de 6,2% em relação a 2016, o que resultou numa média anual de R$ 863,6 mil por empresa. O setor empregava 342,6 mil trabalhadores (média de 8 por empresa) em Goiás em 2017, aumento de apenas 2,7% comparado com o ano anterior, e pagou R$ 7,041 bilhões em salários e outras remunerações. É o que mostra a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2017, do IBGE, que analisa a estrutura produtiva do setor de serviços não financeiros no País.

No Brasil o setor tinha 1,3 milhão de empresas no País em 2017, que empregavam 12,3 milhões de pessoas e pagavam, em média, 2,2 salários mínimos por trabalhador. Comparado com 2016, houve redução no número de empresas, de pessoas empregadas e na média salarial (era de 2,3 salários mínimos). Foram fechadas 23,1 mil empresas, especialmente no setor de serviços prestados principalmente às famílias e transportes e correio. As empresas do setor de serviços geraram R$ 1,5 trilhão de receita operacional liquida em 2017 e R$ 906,5 bilhões de valor adicionado bruto, além de terem pago R$ 336,7 bilhões de salários, retiradas e outras remunerações.

O Centro-Oeste apresenta estrutura produtiva bastante homogênea, com destaque para o Distrito Federal, que concentra 36,2% da receita bruta de serviços da região, mesmo tendo sofrido uma redução de 7,1 pontos nesta participação em dez anos. O recuo do Distrito Federal ocorreu em contraposição principalmente do Mato Grosso, cuja participação cresceu 7,2 pontos no mesmo período (para 22%) e chegou próximo à Goiás, hoje em segundo lugar na região, com participação de 27,6% na receita bruta de serviços.

O Sudeste concentrou 65,6% da receita de serviços no estado de São Paulo, seguido do Rio de Janeiro (20%), Minas Gerais (11,9%) e Espírito Santo (2,5%). Na Região Sul, por sua vez, houve mudança estrutural relevante: o Paraná passou a ter predominância na geração de receita bruta de serviços da região, concentrando 39,3%, enquanto o Rio Grande Sul recuou e passou a responder por 35,2% do total. Na Região Nordeste houve concentração no Ceará, Pernambuco e Bahia, que somados chegam a compor 69,6% da receita bruta. A Região Norte se caracteriza pela concentração dos serviços no Pará (37,0% da receita bruta da região) e Amazonas (36,3%). A principal mudança estrutural foi o avanço de 2,4 pontos do Tocantins no período de dez anos.

Por atividade
Em dez anos, a atividade de informação e comunicação perdeu importância relativa no total dos serviços no Brasil, caindo da primeira para a terceira posição na participação da receita líquida, passando de 29,8%, em 2008, para 22,5%, em 2017. Contribuiu para isso a queda de relevância da atividade de Telecomunicações. Já o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que ocupava a segunda colocação há dez anos, passou a concentrar a maior parcela da receita operacional líquida (29,5%) em 2017, puxado pelo crescimento dos serviços ligados ao transporte rodoviário de cargas.

A segunda maior receita líquida foi dos serviços profissionais, administrativos e complementares (26,2%), que também emprega o maior contingente de trabalhadores (4,9 milhões, 39,9% do total). Nesta atividade se enquadram, por exemplo, as empresas de locação de mão de obra e vigilância.

O salário médio nas empresas prestadoras de serviços não financeiros caiu de 2,6 salários mínimos, em 2008, para 2,2 em 2017. A redução se deu em todos os segmentos, com exceção dos serviços prestados principalmente às famílias, que mantiveram o patamar de 1,5 salário mínimo no período e permaneceram com a menor remuneração média entre os segmentos. O setor de serviços de informação e comunicação mostrou a maior queda, com redução de 5,9 4,6 salários mínimos entre 2008 e 2017.

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