quinta-feira, 25 de abril de 2024
Mercado aposta em novos cortes nos juros do BC

Mercado aposta em novos cortes nos juros do BC

O mercado financeiro espera que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduza em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic) nesta quarta-feira (31/07), que cairia de 6,5% para 6,25% ao ano. Segundo pesquisa divulgada pelo BC, esta redução seria seguida de outros cortes (também de 0,25 ponto percentual) nas reuniões […]

29 de julho de 2019

O mercado financeiro espera que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduza em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic) nesta quarta-feira (31/07), que cairia de 6,5% para 6,25% ao ano. Segundo pesquisa divulgada pelo BC, esta redução seria seguida de outros cortes (também de 0,25 ponto percentual) nas reuniões seguintes do Copom em setembro, outubro e dezembro.

A expectativa do mercado, portanto, é que a taxa Selic encerre 2019 em 5,5% ao ano, devendo se manter inalterada ao longo de 2020. A taxa básica de juros é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação que, na previsão dos analistas, está abaixo do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2019 e 2020.

A expectativa de redução da Selic ocorre em momento de recuperação lenta da economia brasileira. A projeção do mercado financeiro para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano é de apenas 0,82%. A estimativa chegou a ser reduzida 20 vezes consecutivas e parou no atual patamar na semana passada. Para 2020, a previsão é de crescimento maior do PIB: 2,1%, seguido de expansão de 2,5% em 2021 e em 2022.

A ajuda da política monetária para impulsionar o crescimento econômico por meio do barateamento das linhas de crédito não pode ser apontada como decisiva para uma retomada do PIB. A redução da taxa básica de juros, porém, sinalizaria que a equipe econômica está usando os instrumentos que têm à mão para tentar reativar a economia.

Nos últimos comunicados, o BC apontava dúvidas sobre o cenário externo e a aprovação da reforma da Previdência como obstáculos para uma mudança na política monetária. O cenário externo ainda continua incerto, com o FMI reduzindo as estimativas de crescimento em todo o mundo, em especial dos países emergentes; com atritos comerciais entre Estados Unidos e China ainda sem solução; e com a forte tensão entre Irã e países da Europa e os EUA. Já a reformulação das aposentadorias, ao que tudo indica, deve ser aprovada nos próximos meses pelo Congresso.

A meta de inflação de 2019 é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A previsão de analistas de instituições financeiras é que a inflação, calculada pelo IPCA, encerre o ano em 3,8%. A projeção para 2020 permanece em 3,9% (a meta para o próximo ano é 4%). Para 2021, o centro da meta é 3,75% e, para 2022, é 3,5%.

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