O racionamento de água deverá afetar 55% dos pequenos empresários este ano em Goiás, enquanto em todo o País a média chega a 31%. É o que aponta pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realizada em todos os Estados brasileiros. O problema é maior na Região Centro-Oeste, onde também […]
O racionamento de água deverá afetar 55% dos pequenos empresários este ano em Goiás, enquanto em todo o País a média chega a 31%. É o que aponta pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realizada em todos os Estados brasileiros. O problema é maior na Região Centro-Oeste, onde também 53% dos pequenos negócios do Distrito Federal têm expectativa de sofrer com a falta de água neste ano. Nesses locais, a crise hídrica se agravou no ano passado e se estende em 2018.
A pesquisa mostrou que 17% das empresas de micro e pequeno porte sofreram, em 2017, com o impacto da escassez de água. O problema do racionamento tem alterado a rotina dos empresários no País. De acordo com a pesquisa do Sebrae, 47% dos empresários ouvidos em todo o País relataram ter adotado medidas para driblar a crise hídrica este ano. Destes, 23% passaram a reduzir o consumo de água no estabelecimento.
Quase a metade dos entrevistados adotou alguma ação para reduzir o consumo de água ao longo do ano. As principais medidas tomadas foram a diminuição do consumo, o reaproveitamento de água e a redução da limpeza com mangueira, lavagem e frequência da faxina na empresa.
Mais da metade das empresas do Centro Oeste (51%) e metade dos pequenos negócios do Sudeste (50%) implantaram alguma ação para evitar as consequências da escassez, entre redução do consumo, reaproveitamento da água e diminuição da frequência de faxina. Os empresários do DF foram os que mais adotaram alguma medida para reduzir o consumo de água (64%). Quanto menor o porte da empresa, maior a taxa de problemas enfrentados com o falta de água.
Saneago
Procurada pelo EMPREENDER EM GOIÁS, a Saneago informou que a crise hídrica do ano passado ocorreu devido à severa baixa no nível do Rio Meia Ponte, manancial responsável pelo abastecimento de 52% da capital. A empresa, assim como os demais outorgados, é usuária desta bacia. A implementação e fiscalização da política de recursos hídricos são atribuições da Secima e do Ministério Público.
No entanto, por realizar um serviço essencial à população, a Saneago está atenta às questões climatológicas e ocupações desordenadas, reivindicando aos órgãos de controle medidas que permitam a regularidade da vazão disponibilizada para que a empresa promova o abastecimento público.
A Saneago informa que está ampliando a área de abrangência do Sistema Produtor Mauro Borges para atender a região do Sistema Meia Ponte e minimizar os impactos da estiagem prevista para 2018. A empresa também está interligando os dois sistemas, por meio de uma adutora com 13 quilômetros de extensão, para levar água do Reservatório João Leite para a Estação de Tratamento de Água Meia Ponte, para complementar a produção e garantir o abastecimento de Goiânia e Região Metropolitana.