quarta-feira, 24 de abril de 2024
Queda na exportação de grãos compromete balança comercial goiana

Queda na exportação de grãos compromete balança comercial goiana

Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Secex/Mdic) mostram que as exportações de soja goiana desabaram no primeiro semestre de 2019. O tombo de 36%, na comparação com igual período de 2018, deve-se, principalmente, à febre suína africana, que eliminou mais de um quinto do rebanho da […]

9 de julho de 2019

Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Secex/Mdic) mostram que as exportações de soja goiana desabaram no primeiro semestre de 2019. O tombo de 36%, na comparação com igual período de 2018, deve-se, principalmente, à febre suína africana, que eliminou mais de um quinto do rebanho da China, destino de quase 87% de toda a soja exportada por Goiás. No total, foram comercializados US$ 554,424 milhões a menos de soja, sendo 75% desse valor influenciado pela crise chinesa.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, os números comprovam a necessidade de se investir em políticas que incentivem a industrialização do grão em Goiás. “A atual política de exportação está na contramão do desenvolvimento. O resultado está aí! Um ‘espirro’ na China causa um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões aos produtores goianos”, afirma.

Temos uma política errada! Não podemos continuar incentivando a exportação dos grãos e tributando a industrialização da matéria-prima.”
Sandro Mabel

Desde que assumiu a Fieg, Sandro Mabel defende incentivos à industrialização de commodities no Estado como forma de fomentar a geração de emprego e renda para a população e de incrementar a arrecadação de impostos, sobretudo em momento que o governo estadual passa por séria crise fiscal.

“Temos uma política errada! Não podemos continuar incentivando a exportação dos grãos e tributando a industrialização da matéria-prima. Não queremos prejudicar o produtor, o que buscamos é gerar empregos e riqueza para a população. Ao fomentar a industrialização, nos resguardamos, inclusive, das instabilidades que a dependência de um único parceiro comercial pode causar à economia goiana”, observa.

De acordo com estudo preparado por um grupo de empresas e de empresários que participam do Fórum das Entidades Empresariais, a industrialização dos grãos pode gerar mais de R$ 450 milhões em pagamentos de salários diretos, contribuindo para a abertura de milhares de empregos e aumentando a arrecadação em Goiás. Atualmente, a indústria de processamento instalada no Estado opera com 32% de capacidade ociosa. Números levantados pela Fieg estimam que, ao não estimular a industrialização, Goiás deixa de arrecadar quase R$ 1 bilhão por ano.

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