sexta-feira, 19 de abril de 2024
Cooperativas financeiras geram ganhos de R$ 20 bilhões

Cooperativas financeiras geram ganhos de R$ 20 bilhões

Relatório de Economia Bancária do Banco Central, divulgado em julho deste ano, mostra que as cooperativas financeiras proporcionaram economia de R$ 20 bilhões aos cooperados em 2017. Somente o Sicoob Engecred-GO, segunda maior na Região Metropolitana de Goiânia em ativos totais e operações de crédito, foram R$ 11 milhões de ganhos – média de R$ […]

29 de setembro de 2018

Ênio Meinen – “Há mais de uma década, as cooperativas crescem anualmente a taxas de dois dígitos no Brasil.. Vamos acabar mudando essa realidade bancária.”

Relatório de Economia Bancária do Banco Central, divulgado em julho deste ano, mostra que as cooperativas financeiras proporcionaram economia de R$ 20 bilhões aos cooperados em 2017. Somente o Sicoob Engecred-GO, segunda maior na Região Metropolitana de Goiânia em ativos totais e operações de crédito, foram R$ 11 milhões de ganhos – média de R$ 3.670 por associado. Essa economia, segundo o BC, vem das taxas de serviços, produtos e juros reduzidos, em comparação aos bancos tradicionais.

“Ou seja, os cooperados deixaram de gastar dinheiro com taxas e puderam reinvestir o dinheiro no seu próprio negócio, no consumo ou na poupança. Somente no capital de giro, as taxas das cooperativas são 50% menores do que nos bancos”, exemplifica o diretor do Bancoob, Ênio Meinen, durante palestra nesta quinta-feira (27), em Goiânia, a convite do Sicoob Engecred-GO, no Painel Cooperativismo Financeiro.

Mudanças

O próprio BC, no mesmo relatório, reconheceu que o protagonismo das cooperativas pode gerar mudanças no comportamento dos bancos: “O segmento de cooperativas de crédito constituiu fonte suplementar de oferta de crédito em sua área de atuação, com potencial de melhorar as condições de competição bancária”.

Ênio Meinen explica que a concentração favorece os bancos na cobrança de taxas de serviços, produtos e juros – cinco instituições financeiras concentram 82% do crédito no país. “É por isso que os bancos mantém relação hostil com os clientes”, afirma. No entanto, o executivo vê sinais de mudanças num futuro próximo. “Há mais de uma década, as cooperativas crescem anualmente a taxas de dois dígitos no Brasil.. Vamos acabar mudando essa realidade bancária.”

A participação das cooperativas no Brasil, no segmento de pessoa jurídica, passou de menos de 1%, em 2005, para mais de 8%, em 2017. Esse aumento foi especialmente grande na região Sul, onde saltou de 2,1%, em 2005, para 16,7%, em 2017, e na região Centro-Oeste, onde saiu de 1,2% para 10,4% no mesmo período. O crédito mais barato e com menos burocracia foi o maior impulsionador desse crescimento.

No Sicoob Engecred-GO, o volume de crédito aumentou 15% este ano, comparando com 2017 – saltou de R$ 290,1 milhões em dezembro para R$ 333,8 milhões, em agosto. “Isso tudo num momento em que a economia dá fracos sinais de recuperação e é muito afetada pelas turbulências políticas e pela recente greve dos caminhoneiros”, destaca o diretor-geral da instituição financeira cooperativa, Fabrício Modesto Cesar.

Janete Vaz – “É preciso consolidar a reputação especialmente com sua rede de relacionamento. Só assim você terá relações duradouras com os parceiros.”

Case de sucesso

Além de Ênio Meinen, participou do Painel Cooperativismo Financeiro a vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Sabin, Janete Vaz. Nascida no município de Ouro Verde, interior de Goiás, a empreendedora contou sua trajetória de vida até chegar a Brasília, onde deu início ao Sabin. Ela disse que, ao longo da vida, seu maior patrimônio conquistado foi a reputação. “É preciso consolidar a reputação especialmente com sua rede de relacionamento. Só assim você terá relações duradouras com os parceiros.”

Janete Vaz também falou que uma de suas missões no negócio é fazer com que todo colaborador tenha o olho de dono. “Todos precisam da mesma visão. Entender que o negócio é de todos. O líder precisa inspirar pessoas a cuidar de pessoas. Assim é o nosso negócio. É senso de dono e foco no cliente.”

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