O 28º Workshop Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), iniciou-se nesta segunda-feira (17/09), no Centro de Convenções de Goiânia, com discussões para a elaboração de um documento da entidade a ser entregue ao futuro presidente da República com propostas relacionados aos ambientes de inovação como plataforma de desenvolvimento e ao estímulo à […]
O 28º Workshop Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), iniciou-se nesta segunda-feira (17/09), no Centro de Convenções de Goiânia, com discussões para a elaboração de um documento da entidade a ser entregue ao futuro presidente da República com propostas relacionados aos ambientes de inovação como plataforma de desenvolvimento e ao estímulo à cultura empreendedora focada na geração de startups de alto desempenho e impacto social.
À noite foi aberta a 28ª Conferência Anprotec, que tem como tema principal “Agro: negócio, tecnologia e inovação”, e reúne entidades, instituições de ensino, pesquisadores, representantes de incubadoras, aceleradoras, estudantes e pessoas interessadas no tema. A ideia é promover debates sobre as melhores práticas do empreendedorismo inovador aplicadas no agronegócio.
A programação, que vai até quinta-feira (20/09) conta com minicursos, palestra, visitas técnicas, workshops, fóruns e debates. Nestas atividades serão abordados temas variados, desde os aspectos legais do novo Marco Legal, tendências de investimento de impacto para os negócios no Brasil. Os participantes debaterão o papel dos ambientes de inovação no desenvolvimento regional e na promoção do ecossistema de inovação (futuro dos ecossistemas).
Inovação
Na abertura do Workshop, o ex-presidente da Anprotec, e atual membro do Conselho Consultivo da entidade, professor Jorge Audy, da PUC-RS, destacou “a importância da visão de futuro e da liderança na área de inovação, bem como o papel transformador da sociedade e a importância de nos inspirarmos em modelos de sucesso, seja no país ou no exterior”. Já o presidente da Anprotec, José Alberto Sampaio Aranha, falou da expectativa sobre o que pode ser feito para que o país possa evoluir. “O momento é bom para isso”, disse.
“O papel dos ambientes de inovação no desenvolvimento regional nacional”, foi o primeiro painel do Workshop e contou com apresentações de casos da Coreia do Sul e de Israel. A superintendente executiva da Anprotec, Sheila Pires, destacou a forte presença do governo da Coreia do Sul como definidor, financiador e coordenador da implementação da estratégia de P,D&I tanto em termos nacionais, quanto regionais e locais. “Como lições para o Brasil, podemos tirar o planejamento – executável, avaliável e flexível – o forte estímulo em educação, e a cooperação”, disse .
Já o ex-presidente da Anprotec, professor Ary Plonski, da USP, ressaltou que Israel e a Coreia do Sul são as nações que mais investem em P&D no mundo, com 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. De acordo com ele, Israel possui oito mil startups, sendo que 10% delas são de Agritech.
Agronegócio
Ao participar do segundo painel do Workshop Anprotec “Políticas públicas para desenvolvimento de ecossistemas de inovação”, o secretário estadual de Desenvolvimento, Leandro Ribeiro, disse que o evento “chancela a força do agronegócio, como responsável pela retomada do crescimento do País, e atesta o êxito de Goiás nesse setor” .
A importância do agronegócio em Goiás, é percebida pela sua participação no PIB, que atingiu R$ 189,9 bilhões em 2017, crescendo 21,5%. Além disto, os produtos ligados a este setor sempre estiveram no topo do ranking das exportações realizadas pelo Estado, correspondendo a mais de 70% da cadeia produtiva.
Para ele estes resultados foram alcançados, em parte, graças às políticas públicas voltadas à ciência e tecnologia, citando como exemplo o Programa Inova Goiás, que tem como um dos principais pilares a integração entre governo, academia e setor produtivo.