sexta-feira, 19 de abril de 2024
Fundos de Investimentos Imobiliários são a bola da vez, dizem especialistas

Fundos de Investimentos Imobiliários são a bola da vez, dizem especialistas

A liquidez do investimento financeiro misturada com a solidez do mercado imobiliário. Estes sãos os ingredientes que estão tornando os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII’s) a bola da vez para quem quer aplicar seus recursos, especialmente com a queda da taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) neste ano. Para 2018, a expectativa é […]

19 de junho de 2018

Rodrigo Meirelles, fundador da Highpar Real State, que tem a missão de identificar projetos de incorporação com potencial para receber investimentos

A liquidez do investimento financeiro misturada com a solidez do mercado imobiliário. Estes sãos os ingredientes que estão tornando os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII’s) a bola da vez para quem quer aplicar seus recursos, especialmente com a queda da taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) neste ano. Para 2018, a expectativa é que seja batido um novo recorde em negócios. Goiás faz parte deste contexto, no qual já existe quase R$ 1 bilhão de investimentos em fundos, e conquistado a adesão dos investidores. Com R$ 115, é possível tornar-se cotista – ou sócio – de grandes empreendimentos no Estado.

De acordo com Boletim do Mercado Imobiliário da B3, o volume de negociação dos FII’s alcançou R$ 3,7 bilhões no primeiro quadrimestre no Brasil e, a continuar neste ritmo, o valor deverá ser um novo marco para o setor no Brasil. “Nesta projeção, chegaremos a quase R$ 10 bilhões. O melhor desempenho havia sido R$ 7,6 bilhões em 2013”, observa o engenheiro Rodrigo Meirelles, que fundou a Highpar Real State para atuar agora a serviço dos gestores de FII’s, com a missão de identificar projetos de incorporação com potencial para receber investimentos ou participar de uma operação de crédito estruturado.

A apresentação da empresa foi feita nesta segunda-feira, 18, durante almoço para incorporadores imobiliários no Restaurante Pobre Juan, em Goiânia, com a participação de players do mercado financeiro que falaram aos convidados sobre as tendências do FII’s no Brasil. Entre eles, Diego Siqueira, CEO da TG Core, empresa goiana gestora de fundos, considerada a quarta maior no Brasil. Do total de R$ 1,7 bilhão aplicados em fundos imobiliários e fundos de crédito imobiliário sob sua gestão, 40% estão investidos em empreendimentos no Estado.

“Devido ao agronegócio, Goiás, ficou menos prejudicado com a crise. Fazer investimentos aqui foi uma estratégia nossa para blindar a volatilidade desse momento. Mas, além disso, sabemos do potencial da região Centro-Oeste, de seu crescimento, e conhecemos os players, quem são as empresas sérias e competentes”, disse. Em sua análise, o volume de investimentos deve crescer no Estado.

Rodrigo Meirelles, Marcelo Kayath e Diego Siqueira explicaram aos convidados as vantagens dos Fundos de Investimentos Imobiliários (FII’s)

Vantagens

Na outra ponta, estão os investidores que depositam suas economias no fundo em busca de rentabilidade. Eles estão descobrindo as vantagens de se investir no mercado financeiro com lastro imobiliário. “ O volume de negócios atualmente chega a ser de 14 mil por dia no Brasil. Após a redução da taxa de juros, que provocou queda brusca das aplicações em renda fixa, a quantidade dobrou porque os investidores estão mais abertos para buscar novas opções”, analisou Diego. Taxas interessantes, rendimentos mensais e isenção de imposto de renda. “Mas o mais importante é a segurança, porque o investimento está associado à garantia real imobiliária”, acrescentou.

Em Goiás, é possível tornar-se cotista de grandes empreendimentos com R$ 115. Sem fazer um trabalho de divulgação massificada, a TG Core chegou a 1.000 investidores no Estado. “Foram pessoas físicas que chegaram à empresa por indicação de quem já estava obtendo bons resultados”, conta Diego. Para Rodrigo Meirelles, esse número deverá crescer ainda mais entre os brasileiros que têm a cultura de investir em imóveis, mas estão mudando seu perfil.

“Diferente daquele investidor que comprava um imóvel como um patrimônio para obter com ele renda com a locação, hoje surge um novo perfil de pessoa que não quer ter o trabalho de gerir esse patrimônio, com reforma, pagamento de impostos e outros cuidados a fim de que ele continue gerando renda. Os papéis com lastro em imóveis trazem essa vantagem, pois têm uma gestão profissional que visa sempre resguardar o investidor, ficando para os participantes do fundo apenas o recebimento da rentabilidade”, explica Meirelles.

Liquidez

Também presente no evento de apresentação da Highpar Real State, Marcelo Kayath, especialista em mercado financeiro, que já foi CO-CEO do Investment Banking do Credit Suisse na América Latina – um dos 10 bancos que mais investem no mercado financeiro brasileiro, lembrou outra grande vantagem das cotas imobiliárias: a liquidez. “Quem quer vender um imóvel precisa anunciar, contratar corretor, ter paciência e nem sempre consegue vender rápido. Com as cotas, é possível ter liquidez, resgatar imediatamente e apenas uma parte, se desejar”, explicou. Para ele, a nova revolução do mercado imobiliário vem com os FII’s, que desde a sua regulamentação já movimentaram R$ 40 bilhões, valor que ele considera irrisório perto do potencial de crescimento para os próximos anos.

Os fundos são formados por uma reunião de investidores que depositam suas economias nele em busca de rentabilidade. No caso dos FII’s, os ganhos estão relacionados à valorização do empreendimento ou os ganhos com a locação. Regulamentado no Brasil em 1999, com aprimoramento das normas tributárias e incentivos fiscais ao longo de 10 anos, os FII’s ainda correspondem a 2% de todos fundos de investimento. Nos Estados Unidos, esta é uma prática de 60 anos.

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