sexta-feira, 19 de abril de 2024
SSA investirá R$ 180 milhões para abater 320 mil aves por dia

SSA investirá R$ 180 milhões para abater 320 mil aves por dia

A indústria goiana São Salvador Alimentos (SSA), dona das marcas SuperFrango e Boua, fará um investimento de R$ 180 milhões para aumentar a sua capacidade de produção para o abate de 320 mil aves por dia, melhoria na qualidade dos produtos, agregando maior valor, e também para transferir à Itaberaí, município goiano sede da empresa, […]

21 de dezembro de 2017

José Garrote: aumento da capacidade de produção e melhoria na qualidade dos produtos da SSA

A indústria goiana São Salvador Alimentos (SSA), dona das marcas SuperFrango e Boua, fará um investimento de R$ 180 milhões para aumentar a sua capacidade de produção para o abate de 320 mil aves por dia, melhoria na qualidade dos produtos, agregando maior valor, e também para transferir à Itaberaí, município goiano sede da empresa, a parte de industrialização do grupo que está instalada em outros Estados. O anúncio foi feito na segunda-feira (dia 21/12) pelo presidente do grupo, o empresário José Carlos Garrote, em solenidade com a presença do governador Marconi Perillo.

“Além do aumento da capacidade de produção e melhoria dos produtos, inclusive os destinados para exportações, vamos concluir projetos de matrizes no nosso complexo industrial em Itaberaí, investir numa nova fábrica de rações e na melhoria das existentes”, afirma José Garrote ao EMPREENDER EM GOIÁS. O grupo goiano abate atualmente 280 mil aves por dia e esta capacidade será ampliada para 320 mil/dia. Outro investimento, que já está em implantação, no valor total de R$ 74 milhões, é para a construção de 120 novos aviários em Goiás.

Com fábrica de rações, de recria, unidade de recria de aves matrizes, unidade de produção de ovos férteis, incubatório, armazéns graneleiros, sistema de integração de aves e um dos maiores e mais modernos abatedouros de aves do País, a empresa goiana abastece os mercados de oito Estados brasileiros e do Distrito Federal, além de vender para 62 países. No ano passado, quando a economia brasileira retraiu 3,6%, o faturamento da SSA cresceu 21% e rompeu a barreira de R$ 1 bilhão. Emprega diretamente 3,6 mil trabalhadores e contrata outros 1,5 mil terceirizados.

Em 2005 começou a fechar contratos de exportação, em 2011 fez a primeira venda para a Europa e, há dois anos, entrou no maior mercado do mundo, na China. Hoje o grupo goiano exporta três mil toneladas por mês, que representa 22% do seu faturamento. Com a expansão no mercado internacional, também aumentaram as exigências sobre a qualidade dos produtos e a vigilância sanitária sobre a empresa, que investe alto. Só no ano passado foram R$ 30 milhões em sistemas de tratamento e disposição de resíduos, serviços externos de gestão ambiental e em certificação externa dos sistemas de gestão.

A história de São Salvador Alimentos começa na década de 80, com o produtor rural Carlos Vieira da Cunha, que tinha uma granja na região de Itaberaí com capacidade para 40 mil aves, uma das maiores no Estado. Era sogro de José Garrote que, em 1981, ainda muito jovem, assumiu a gestão da empresa. “Além de assumir a responsabilidade, vendi todos meus negócios para investir na granja”, afirma Garrote.

O aporte de recursos permitiu o crescimento do empreendimento, agora uma sociedade entre sogro e genro. Carlos Vieira e José Garrote decidiram dar novo salto em 1986: construir um abatedouro. A ideia era comprar equipamento para o abate de quatro mil aves por dia. Compraram um com capacidade seis vezes maior. Foram cinco anos até inaugurarem o Abatedouro São Salvador, em 1991, com 73 funcionários. O investimento na época foi de US$ 2 milhões. “Vendi mais uma vez todo o meu patrimônio, inclusive a casa que morava, e peguei muito dinheiro emprestado. Meu sogro vendeu a metade do patrimônio dele. Apesar do elevado risco, sempre acreditamos no negócio”, afirma Garrote.

Quitadas as dívidas, realizados os ajustes na produção e remodelada a política comercial, a indústria goiana passou a crescer rápido na década de 90. Com o apoio de incentivos fiscais e financiamentos do FCO, ganhou fôlego financeiro para investir na expansão e estar hoje entre as maiores indústrias de aves do País, concorrendo com gigantes como Perdigão e Sadia. “Até parece que foi fácil, mas foram 30 anos de muito trabalho, sacrifícios pessoais e correndo riscos. Cheguei a vender tudo o que tinha três vezes na minha vida para investir no negócio. Nunca me arrependi”, enfatiza Garrote.

Você pode ler mais sobre a São Salvador Alimentos aqui no EMPREENDER EM GOIÁS.

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