quarta-feira, 24 de abril de 2024
Fieg: infraestrutura é o principal gargalo de Catalão

Fieg: infraestrutura é o principal gargalo de Catalão

Empresários em Catalão ouvidos em pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) apontam problemas com energia, água e estradas como os principais gargalos ao crescimento das empresas instaladas no município. Além desses itens, questões relacionadas à segurança também apareceram na pesquisa, principalmente com relação ao Distrito Mineroindustrial de Catalão (Dimic). O estudo […]

6 de dezembro de 2017

Qualidade da energia elétrica é criticada por 72% dos empresários de Catalão

Empresários em Catalão ouvidos em pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) apontam problemas com energia, água e estradas como os principais gargalos ao crescimento das empresas instaladas no município. Além desses itens, questões relacionadas à segurança também apareceram na pesquisa, principalmente com relação ao Distrito Mineroindustrial de Catalão (Dimic).

O estudo “Polos Industriais do Estado de Goiás / Catalão” envolveu 58 empresas, das quais 45 instaladas no Dimic e em 13 outros pontos da cidade, incluindo três mineradoras e dez empresas de setores diversos considerados relevantes para a região. O trabalho será apresentado nesta quarta-feira (6), em evento na Escola Senai de Catalão.

Segundo o presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, o estudo fez um amplo diagnóstico do complexo industrial do município, visando identificar vocações regionais, oportunidades de expansão dos negócios e gargalos para o desenvolvimento. “Nosso objetivo com essa pesquisa é contribuir para uma política industrial estadual eficiente. O diagnóstico busca mapear as principais características e identificar as necessidades”, afirma.

“Nosso objetivo é contribuir para uma política industrial estadual eficiente”, diz Pedro de Oliveira

Estratégico
O estudo de 54 páginas, realizado em parceria com o Sebrae, levanta questões estratégicas para a indústria, como características do polo industrial, planos de investimentos, situação e perspectivas da gestão de recursos humanos nas empresas, comercialização, transportes, meio ambiente, suprimento de energia, problemas que dificultam o desenvolvimento das atividades industriais na região e identificação das ações necessárias para equacionar as dificuldades diagnosticadas.

No capítulo transportes, por exemplo, os entrevistados apontaram como maiores gargalos o alto custo do transporte (79%) e deficiência das estradas (58%) da região. Já na questão relacionada à energia, 72% dos empresários entrevistados concordaram com a afirmação de que “a produtividade da empresa é prejudicada por problemas resultantes da qualidade de energia elétrica, como a variação de tensão ou interrupções de fornecimento”.

O problema de energia também é observado dentro do Dimic, com impacto negativo no desenvolvimento do polo, na opinião dos empresários ouvidos pela Fieg. Ainda neste capítulo dos problemas que prejudicam o desenvolvimento do polo Dimic, a falta de segurança interna despontou como líder dos impactos negativos no levantamento. Instados a dizerem que ações seriam importantes para o desenvolvimento futuro das empresas de Catalão, figuram no topo das menções o fornecimento de água e coleta de esgoto, segurança no distrito e fornecimento de energia.

O estudo em Catalão foi realizado em três etapas, sendo uma caracterização geral do polo, mediante a coleta de informações secundárias, disponíveis em fontes oficiais e recolhidas pela Fieg, além de outras duas pesquisas primárias, uma delas qualitativa, em que foram realizadas entrevistas individuais e grupos focais (workshop) com presidentes de sindicatos e/ou empresários para conhecer as necessidades e expectativas em relação ao seu empreendimento. Esta etapa subsidiou a realização da pesquisa quantitativa, que abordou aspectos como perfil das empresas, recursos humanos, comercialização, meio ambiente, entre outros.

No estudo, houve predominância de indústrias com mais de dez anos em atuação (66%), de micro ou pequeno porte (84%) e de origem goiana (62%). O trabalho de campo e a interpretação dos dados foram realizados por uma equipe técnica do Instituto Euvaldo Lodi/Fieg. Este mesmo estudo já foi realizado nos parques industriais de Anápolis, Aparecida de Goiânia e Rio Verde.

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