quinta-feira, 25 de abril de 2024
Frutos de Goiás abre 250 lojas em apenas cinco anos

Frutos de Goiás abre 250 lojas em apenas cinco anos

Da abertura da primeira loja para uma rede com 250 pontos de vendas em 21 Estados e no Distrito Federal. Este foi o crescimento da indústria Frutos de Goiás nos últimos cinco anos. O segredo: foco absoluto na qualidade dos produtos, a começar pela aquisição da matéria-prima, e parcerias para expandir em mercados com até […]

20 de novembro de 2017

Frutos de Goiás produz atualmente mais de 70 sabores de picolés e 48 de sorvetes

Da abertura da primeira loja para uma rede com 250 pontos de vendas em 21 Estados e no Distrito Federal. Este foi o crescimento da indústria Frutos de Goiás nos últimos cinco anos. O segredo: foco absoluto na qualidade dos produtos, a começar pela aquisição da matéria-prima, e parcerias para expandir em mercados com até 2 mil quilômetros de distância. Além, é claro, do planejamento e da imensa vontade dos donos. A sorveteria existe desde a década de 80, mas o divisor de águas foi em 2011, quando uma nova sociedade foi constituída para profissionalizar a produção e comercialização.

Deu certo. De uma produção mensal de 100 mil picolés em média, atualmente produz 600 mil e com perspectiva de crescer muito mais. Na fábrica trabalham diretamente 60 pessoas e outras 1 mil são empregadas nas lojas. Com os terceirizados, a empresa estima gerar oportunidade de trabalho para o total de 3 mil pessoas no País.

Tudo começou em meados da década de 70, quando Ailton Almeida decidiu produzir doces num pequeno imóvel no Jardim América, em Goiânia, para sustentar a família. Em 1982, seu filho Adilson José de Almeida resolveu também fabricar sorvetes e picolés. Começou com uma pequena produção e possuía somente um vendedor externo (chamado popularmente de picolezeiro). Nascia a sorveteria Verde Limão que, em poucos anos, já tinha 100 carrinhos de picolés nas ruas da capital. Alguns anos depois foram abertas duas centrais de distribuição para atender os mais de 200 picolezeiros e pontos de vendas no comércio da capital.

Procurado por consumidores que queriam vender seus produtos, Adilson Almeida percebeu que seu negócio tinha potencial para crescer mais ainda. Mas o seu forte era bolar novos sabores e embalagens de picolés e sorvetes. Precisava de um sócio com experiência na área comercial. A primeira tentativa de sociedade não durou muito tempo. Faltou compatibilidade e complemento entre os sócios. Foi quando conversou sobre o assunto com seu fornecedor de leite, Claudilei Koch, que há oito anos tinha duas lojas franquias da sorveteria Frutos do Cerrado (para quem também fornecia o leite) em Brasília. Em março de 2011 nasceu a nova sociedade. “Adilson disse: eu vou fabricar e você vai vender. A sociedade foi criada basicamente assim”, conta Claudilei ao EMPREENDER EM GOIÁS.

“Meu sócio e seus quatro filhos são responsáveis pela produção dos picolés e sorvetes. Desenvolvem as fórmulas dos produtos, fazem experiências, testam novos sabores, etc. Têm total liberdade e mantém em sigilo seus segredos. A minha parte é cuidar da comercialização, da expansão de mercados, do marketing e da administração como um todo da empresa. Unimos forças para dar certo”, explica melhor. No início estava claro aos sócios: para crescerem, seria preciso investir na abertura de lojas e não depender apenas das vendas por carrinhos de picolé. Decidiram focar nos mercados de Goiás e Brasília e apostar na marca Frutos de Goiás, que já era de Adilson Almeida, só ainda não a explorava.

Reorganização
No início foi preciso remodelar todo o negócio da empresa, especialmente nas áreas de comercialização e administração. “Tivemos de redesenhar todas as embalagens e o sistema de distribuição dos produtos. Embora os picolezeiros ficam com 50% do valor das vendas que fazem, só trabalham quando querem. Se ameaça chover, muitos não vão para as ruas”, diz Claudilei Koch. Os sócios abriram as primeiras lojas, que serviram de modelos para uma futura rede. A primeira foi aberta num imóvel ao lado da fábrica, no Jardim América. A partir desta, mais outras 20 até o fim de 2012.

Os sócios perceberam que podiam avançar para novos mercados além de Goiás e Distrito Federal. “No começo havia receio de nossa parte com a marca Frutos de Goiás, que não daria certo em outros lugares porque teria apelo apenas regional. Nada disto. Se seu produto preenche as necessidades e expectativas do consumidor de um bairro ou cidade, com certeza vai atingir muitas outras pessoas e cria uma fidelização que dificilmente fará perder mercado. Seu produto vai se vender por si só”, afirma Lúcia Ribeiro Koch, sócia e mulher de Claudilei.

Os sócios abriram, então, uma loja em Palmas (TO). Em pouco tempo, um empresário de passagem pela capital tocantinense experimentou os picolés. Não teve dúvidas: tinha de vendê-los na sua região. A parceria foi fechada e depois novos investidores surgiram interessados em vender os produtos em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, etc. A empresa já está presente em 21 Estados e no Distrito Federal com parceiros na distribuição e vendas. As únicas exceções são Acre, Amazônia, Roraima, Piauí e Amapá, por questões de logística. Pelo menos por ora, porque já há um empresário do Acre interessado em investir na representação do Frutos de Goiás nestes Estados.

“Temos produto de qualidade para crescer em outros mercados, mesmo que estejam a 2 mil quilômetros de distância. Decidimos ser mais agressivos. Embora isto demanda investimentos em caminhões frigoríficos, a logística é até simples. Conseguimos entregar nosso produto no Sul do País em até 12 horas. Hoje estamos em mercados altamente competitivos na área de sorvetes e em locais com consumidores mais exigentes, como a praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis. Mesmo nos últimos dois anos, em que a crise econômica do País atingiu todos, conseguimos abrir lojas”, se orgulha o empresário goiano.

Mercado externo
A abertura da loja em Jurerê Internacional, há dois anos, abriu uma nova possibilidade para a indústria Fruto de Goiás: exportar. “Esta loja, aberta por um parceiro que é filho de nosso distribuidor no Espírito Santo e tem muita experiência na área comercial, é frequentada por turistas de vários países. As frutas brasileiras são muito desejadas por norte-americanos, europeus, japoneses e chineses e alguns têm interesse de vender nossos produtos em seus países. Hoje analisamos propostas de parceria para aproximadamente 20 países”, afirma Claudilei Koch.

Para desbravar o mercado externo, a Fruto de Goiás precisará de estrutura maior. Investe R$ 5 milhões na construção de nova fábrica, com 2,5 mil metros quadrados de área construída em Senador Canedo, num terreno de 6,2 mil metros quadrados (já visando futuras expansões), que deve entrar em operação até julho de 2018. A empresa também já estuda a logística para exportações, que exige contêineres especiais, e precisa concluir o sistema de rastreabilidade na fazenda própria em Bela Vista que fornece o leite. “A nossa meta é iniciarmos as vendas para o exterior assim que concluirmos a nova fábrica”, diz o empresário.

“O Brasil é excelente para empreender. Temos recursos naturais abundantes, imenso mercado consumidor, muita gente inovadora e um povo trabalhador. O que mais precisamos dos governos é que incentivem quem deseja montar seu próprio negócio, com menos burocracia e impostos, que invistam mais em educação e saúde para o nosso povo e, principalmente, precisamos reduzir a corrupção no País. Quando conseguirmos isto, seremos uma das maiores potências do mundo, não tenho dúvida”, enfatiza Koch.

O portal EMPREENDER EM GOIÁS tem como principal objetivo incentivar, apoiar e divulgar os empreendedores goianos com conteúdos, análises, pesquisas, serviços e oportunidades de negócios.

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2 thoughts on “Frutos de Goiás abre 250 lojas em apenas cinco anos”

  1. Maria Cristina disse:

    Queria que estivesse uma loja no Amazonas …
    Eu provei dos produtos quando viajei pro Espírito Santo, o Açaí e o melhor

  2. Jussara disse:

    Bom dia !
    Gostaria de saber a onde fica localizada a distribuidora de vcs no Rj