quarta-feira, 24 de abril de 2024
Sexo frágil? Nós mulheres, não!

Sexo frágil? Nós mulheres, não!

Recebi recentemente um convite de grupo de estudantes de engenharia para encabeçar, junto com eles, uma campanha de incentivo para as mulheres cursarem engenharia. Esse convite me fez voltar na reflexão sobre a relação gênero x profissões. Será mesmo que existem profissões masculinas e femininas? Bem, entendo que culturalmente algumas áreas são ocupadas mais por […]

12 de junho de 2017

Recebi recentemente um convite de grupo de estudantes de engenharia para encabeçar, junto com eles, uma campanha de incentivo para as mulheres cursarem engenharia. Esse convite me fez voltar na reflexão sobre a relação gênero x profissões. Será mesmo que existem profissões masculinas e femininas?

Bem, entendo que culturalmente algumas áreas são ocupadas mais por mulheres, como é o caso da educação que, segundo dados do Sinopse do Professor da Educação Básica, é composto por 81,5% de professoras. Ou seja: 8 em cada 10 professores do ensino fundamental são mulheres. Esse fato está diretamente relacionado à sensibilidade feminina e ao instinto materno, que acaba dando mais habilidade à mulher em lidar com crianças, creio eu.

Por outro lado, como comentei acima, a engenharia por tratar com a lógica e cálculos e estar relacionada à razão é uma profissão ocupada predominantemente pelos homens, somente 13% são engenheiras. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, 36% dos contadores são do sexo feminino. Já na medicina e no direito, as mulheres ocupam mais de 40% do quadro de profissionais no Brasil.

Mas, é claro que não vamos nos limitar ao nosso universo, ou a questão do gênero. Afinal, inteligência e competência não são definidas pelo gênero da pessoa. Contra uma boa solução e um bom argumento, não tem discussão!

São barreiras impostas pela sociedade que ainda tem, infelizmente, um pensamento muito machista e não consegue entender que profissão é vocação e nada tem haver com o gênero. O bom profissional é aquele que exerce com paixão seu trabalho e segue sua vocação.

Ainda bem que, mesmo a passos lentos, essa concepção está mudando e hoje já podemos ver mulheres ocupando profissões que antes eram só exercidas por homens e vice versa. Apesar de não ser comum, hoje já podemos chegar numa oficina mecânica e ser atendida por uma mulher, cruzarmos no trânsito com uma motorista de ônibus, encontramos pedreiras, seguranças e frentistas. Mas também está mais comum ver homens assumindo as funções em áreas antes predominantemente feminina como moda, psicologia, fisioterapia, nutrição e enfermagem.

De acordo com a Ângela Valéria, coordenadora da EnModa (Escola de Empreendedores), desde 2005 o numero de homens nos cursos moda vem crescendo muito e atualmente eles ocupam 11,8% das salas de aula.

Outro setor que vem me chamando muita atenção, apesar de não ser tão fã assim do estilo musical, são as duplas sertanejas femininas. Elas estão revolucionado com canções que reverenciam o empoderamento feminino e, o mais importante, têm quebrado a ditadura da beleza. O “feminejo”, como tem sido chamado o movimento, defende que as mulheres podem sofrer de amor em um bar, sair com as amigas para se divertir e que ser bonita é se sentir bem, nada de se preocupar com a gordurinha que sobra ou com as roupas que estão nas passarelas.

Essa “ revolução” é muito positiva. Estamos seguindo em direção a tão discutida igualdade de gêneros no mercado de trabalho.

Então, meninas, vamos seguir as nossas vocações. Nossa beleza está na nossa atitude, temos força para enfrentar os obstáculos e preconceitos. Pensando bem, quem é mesmo o sexo frágil? Será que somos nós?

Tenho certeza que não!

Helena Ribeiro é CEO do Grupo EmpZ , especializado em Outsourcing, Gestão de Processos de Negócios (BPO) , Educação Executiva e Recursos Humanos. Com matriz em Goiânia e 28 filiais em todas Regiões do Brasil, é líder nacional no seu segmento.

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